a certa altura já não temos bem a certeza do que é que na realidade se está a passar. somos nós que nos tornámos inflexíveis ou o mundo que mudou e não nos apercebemos? se calhar, a resposta mais simples é que as duas coisas aconteceram.
desculpem... mas hoje estou a pensar demais. há coisas que não consigo compreender, como por exemplo, porque insistem as pessoas nos erros do costume quando já viram que são erros? teimosia? incapacidade de aceitar? não querem ver? que raio... isto deixa-me furiosa, incapaz de controlar a língua e acabo a dizer coisas que não quero. o que na realidade me deixa louca é que para os outros está tudo bem.
há dias em que acho que a distância me faz ver as coisas de maneira diferente, que sou eu que mudei e que já não consigo sentir-me confortável no meu mundo anterior. pois talvez tudo isto seja verdade, mas também é verdade que o mundo não pára e que é necessário estarmos constantemente a adaptarmo-nos. talvez seja por isso que dou em louca cada vez que estou em lisboa e preciso de uma biblioteca ao fim-de-semana, ou de um livro específico e não consigo. além desta constatação de factos, da exequidadade dos nossos recursos, fico também chocada com a lentidão de tudo, com a maneira como se deixam andar as coisas, como não se pode sacrificar o que quer que seja em prol de um objectivo. em suma, como não há objectivos. isso assusta-me.
como é que se pode viver desta maneira? onde só o dia de hoje conta? não sei... é contra a minha natureza, contra a minha maneira de estar. talvez por isso seja melhor manter-me deste lado do oceano pelos tempos mais próximos.
estou cansada de lutar contra gigantes... é que já não há d. quixotes como antigamente... os de hoje gastam as pilhas rapidamente, e os que continuam são rotulados de loucos, teimosos, etc.