É verdade... nunca mais me habituo a esta humidade que me saúda à saída do avião e que faz com que os 48º que apanhei no Alentejo me pareçam mera brincadeira de criança. Tem estado um calor insuportável, que não deixa respirar, que nos tolhe os movimentos e que acaba com a nossa pouca pachorra para pensar em algum trabalho que seja.
Depois desta longa ausência deparei-me com as paredes do meu apartamento a ferver... sinal de que as janelas estavam fechadas há demasiado tempo, apesar de ter emprestado o apartmento duas vezes a conterrâneos.
Volto sem saber muito bem o que me espera. Esta maldição dos vistos dá comigo em doida. Não há quem se entenda neste país "super-organizado". Enquanto que a cônsul em Lisboa diz que não há qualquer tipo de problema para renovar o meu visto, o International Office aqui de Yale diz que é impossível. Será que já algum dia pensaram nos problemas logísticos que criam a um investigador que a meio do seu trabalho se tem que preocupar em arranjar novo poiso? Há cada coisa nesta vida que nem vale a pena comentar.
New Haven está como sempre: quente, húmida, com muita gente e com um festival de Jazz fantástico. Só o concerto de ontem à noite deu para apagar parte das mágoas resultantes das saudades do Chiquinho e do calor insuportável que teima em contrariar a minha asma...