15ºC em Agosto...

É verdade... vá-se lá entender o clima. Como é que se explica que deste lado do oceano, quase que frente-a-frente com o nosso rectângulo o clima nos brinde com uma frescura de 15ºC? Os metereologias que respondam a esta questão técnica, que eu estou bastante mais preocupada em reencontrar as minhas camisolas de meia-estação (a cair para o quente, que nas stacks está insuportavelmente frio), a ver se consigo sobreviver a este Agosto.
Quem diria que no ano passado quando aqui cheguei em meados de Setembro estivessem normalmente 30ºC?
Têm razão... sou eu que não estou a ser capaz de definir capazmente as temperaturas! Claro, este ano que enchi a casa de ventoínhas, não há necessidade de as usar.
Resta uma coisa boa: ao menos a conta da electricidade não aumenta!

Friends, candies & invitations

É tão bom olhar à voltar e perceber que temos amigos dos dois lados do oceano, que nos momentos de maior solidão há sempre alguém...
Não, não fiquem a pensar que estava a cair em depressão! Longe disso. É verdade que esteve um dia cinzento de chuva, que estou muito cansada e que o facto de a minha mãe lixar o pc dela me deixa ligeiramente fula, mas de resto estava tudo bem por terras do uncle Sam. Agora, que foi óptimo ir passear com uma amiga para o mall, foi. E o mais divertido de tudo é que as nossas grandes compras foram um saco de candies & gums.... estou tão contente com os meus ursinhos!!! iguaizinhos aos que costumava comprar em Espanha quando era miúda. Saudosismo? Não... apenas verificação de que por mais que o tempo passe há coisas que se mantém, e melhor, que há coisas das quais nunca nos esqueceremos. São momentos bons, singulares que ficam para sempre na nossa memória: seja um convite para jantar ou o sabor das gomas dos ursinhos de quando era miúda... Ah, encontrei também daquelas framboesas forradas que costumavam tirar séculos porque o divertimento era comer cada bolinha da cobertura per se e não toda de uma vez só...
Boas memórias que vão ficar para sempre!
E para amanhã também já tenho programa: jantar em casa de amigos.
Esta sensação de se viver em sociedade, que não total heremita, tem muito que se lhe diga... detesto o barulho da minha vizinha italiana do andar de cima, e das ideias que ela tem, como pedir-me vinho para cozinhar às 7:30 da manhã de domingo, mas adoro estar com as pessoas de quem gosto e fazer coisas loucas como ir comprar candies... foi preciso chegar a esta idade para comprar o meu primeiro saco de candies na vida! caramba... que espera... mas valeu a pena!!!!!

Mudança de Look

Uma das coisas com que nos deparamos no dia-a-dia é que é preciso sermos capazes de nos adaptar a novas realidades, efectuar mudanças drásticas ou, por vezes, simplesmente deixar correr as coisas ao sabor da maré. É isso mesmo que aconteceu hoje: uma necessidade de mudança, de alteração que acabou por resultar numa ligeira alteração no look desta página. Fico à espera dos comentários sobre a nova maquilhagem!

:)

Das Obras e dos meus sonos

Pois é... eu que estou habituadinha a que as obras tenham horas para começar e, acabar, fui acordada hoje às 6:30 da matina com o barulho das máquinas que estão a desfazer o alcatrão da zona de estacionamento por detrás do meu edifício.
6:30 da manhã... caramba.... 6:30.... será que estes americanos não conseguem ter imaginação suficiente para fazerem outras coisas a essa hora insana? Logo hoje que consegui que a italiana lá de cima não batesse com os pés ou atirasse uma qualquer peça de mobília para o meio do chão... Sim, que ela também gosta de madrugar e começar nessas andanças a partir das 5:00, acabando apenas quando já passa da meia-noite.
Sem querer levantar falsos testemunhos, acho que há uma conjura contra o meu sono. Esta ideia de não conseguir nunca dormir até às 7 seja por uma razão ou por outra, acaba por dar que pensar...
Que acham? Conluio? Quem não se queixa são as minhas olheiras que têm assim possibilidade para demonstrar aquilo de que são capazes...
E aqui estou eu, pronta para mais um dia de trabalho, com uma curta noite de sono e duas marcas profundas das olheiras, que mais parece que fui esmurrada do que outra coisa qualquer. De certa maneira, a teoria dos murros aplica-se: podem não ser literais, mas foram dados de maneira mais subtil - NÃO ME DEIXAM DORMIR!!!!

das minhas dependências

Só quando não temos determinadas coisas é que conseguimos dar-lhes o seu devido valor, além de compreendermos o quão dependentes nos tornámos delas, nomeadamente da tecnologia mais avançada. Quem me conhece sabe que adoro ter o meu pc o mais actualizado possível, e que ando sempre à procura de coisas novas. Sou também uma net-dependente, consequentemente, nos últimos anos tornei-me dependente do wireless. Ora, acontece que desde que vim para New Haven que nunca tinha tido wireless em casa. De certa maneira justifiquei sempre isso com a necessidade de me auto-impor a disciplina necessária para trabalhar sentada à secretária. No entanto, nos últimos tempos isto tornou-se um martírio. Primeiro, porque é chatérrimo ficar ali presa à secretária para fazer qualquer coisa que implique ter net, ou seja, tudo o que normalmente se faz quando ligamos o pc; segundo, já estava a sofrer nas costas o excesso de horas sentada numa cadeira de pouca qualidade. Sendo assim, hoje decidi ir comprar um wireless router... uma maravilha: em 10 minutos estava instalado e a funcionar, de modo que neste momento escrevo esticadinha no sofá.
Viva a tecnologia e esta terra de coupons, onde se compra tudo com descontos fabulosos! é um "must" para qualquer bolseiro que se preze: coleccionar coupons!

Clima Dantesco

É verdade... nunca mais me habituo a esta humidade que me saúda à saída do avião e que faz com que os 48º que apanhei no Alentejo me pareçam mera brincadeira de criança. Tem estado um calor insuportável, que não deixa respirar, que nos tolhe os movimentos e que acaba com a nossa pouca pachorra para pensar em algum trabalho que seja.
Depois desta longa ausência deparei-me com as paredes do meu apartamento a ferver... sinal de que as janelas estavam fechadas há demasiado tempo, apesar de ter emprestado o apartmento duas vezes a conterrâneos.

Volto sem saber muito bem o que me espera. Esta maldição dos vistos dá comigo em doida. Não há quem se entenda neste país "super-organizado". Enquanto que a cônsul em Lisboa diz que não há qualquer tipo de problema para renovar o meu visto, o International Office aqui de Yale diz que é impossível. Será que já algum dia pensaram nos problemas logísticos que criam a um investigador que a meio do seu trabalho se tem que preocupar em arranjar novo poiso? Há cada coisa nesta vida que nem vale a pena comentar.

New Haven está como sempre: quente, húmida, com muita gente e com um festival de Jazz fantástico. Só o concerto de ontem à noite deu para apagar parte das mágoas resultantes das saudades do Chiquinho e do calor insuportável que teima em contrariar a minha asma...